Lisboa, 22 de maio de 2019 – A Michael Page, consultora de recrutamento especializado, desenvolveu um estudo sobre o futuro do recrutamento que analisa a relação das pessoas com o trabalho nas empresas. O estudo designado “Atrair o Talento do Futuro”, foi realizado em vários países da Europa, incluindo Portugal, e destaca a necessidade de adaptação das empresas para melhor beneficiarem do talento dos seus colaboradores, a humanização das culturas empresariais a mudança nas formas de recrutamento para atrair o melhor talento.

Uma das conclusões retiradas de “Atrair o Talento do Futuro” prende-se com a relação com o trabalho. As pessoas procuram relações com mais significado, querem compreender o propósito que está subjacente às suas funções e sentir-se realizadas nas tarefas que desempenham. Esta é uma mudança relevante, muitas vezes associada aos “millennials”, que tem um eco intergeracional e constitui atualmente uma prioridade para todos os candidatos.

O estudo revela ainda a aceitação tácita, tanto para colaboradores como para empregadores, de que deixou de haver empregos para a vida, acompanhada pelo aumento da importância dos contratos a prazo e de trabalho temporário.

Outra das conclusões aponta para os principais fatores de motivação dos candidatos, sendo que o salário e a reputação da empresa deixaram de ser os únicos aspetos relevantes. No panorama atual, os candidatos interessam-se pelos compromissos sociais das organizações e pelas causas e temas que estas apoiam, como fatores de diferenciação dos seus concorrentes.

A valorização da formação, das avaliações, da comunicação genuína e na informação transparente sobre a empresa, são critérios destacados nos processos de recrutamento em “Atrair o Talento do Futuro”. A informação recolhida junto de empresas nacionais revela ainda a mudança no recrutamento e o afastamento da perspetiva tradicional de que o dinheiro é o principal fator de motivação, sendo a evolução da função e da própria empresa, relevantes para a atração de talento.

O envolvimento dos colaboradores e sua transformação enquanto embaixadores da marca é um  método já utilizado por 36% das empresas para atrair gestores e encontrar os melhores perfis de forma mais rápida.

Para Álvaro Fernández, Diretor Geral da Michael Page, “quando os empregadores compreendem a motivação e os pontos de interesse dos seus colaboradores, podem usar essa informação para atrair os melhores candidatos através da sua imagem de marca como empregador. Se conseguir transformar os seus colaboradores de topo em embaixadores da marca, está a contribuir para criar uma primeira linha aberta e transparente de informação sobre a empresa.

No recrutamento do futuro, a compreensão das competências sociais e comportamentais (soft skills), da motivação e da personalidade dos potenciais candidatos são aspetos importantes, devendo considerar-se ainda o respeito pela individualidade. Trata-se de encontrar as personalidades certas para a função, com uma conjugação de inteligência emocional e competências cognitivas, e mudar mentalidades no que se refere ao perfil do melhor candidato. A taxa de abandono de uma empresa por parte dos candidatos é elevada - em cada 100 contratações, 13 falham ou as pessoas abandonam a organização durante o período de experiência. Uma em cada três pessoas abandona a empresa no primeiro ano. Um dos fatores para contrariar esta situação reside na reavaliação das competências técnicas e comportamentais.

Neste contexto, o recrutamento dos melhores talentos é cada vez mais difícil, de acordo com a análise da Michael Page, e as ferramentas tradicionais têm de se ser otimizadas para se adaptarem a um mundo que exige mais transparência. Entre outras estratégias, os empregadores têm de  melhorar os anúncios de emprego, de forma a refletir transparência das ofertas e motivar os potenciais candidatos.

O futuro do recrutamento passa sobretudo pela tecnologia, destaca a análise realizada pela Michael Page. “No futuro, o mercado de trabalho terá mais automatização em todos os processos. No entanto, o objetivo não é substituir o humano na cadeia de valor, é dar-lhe apoio e expandir as suas capacidades. A tecnologia ajudará a aumentar as competências das pessoas ao acelerar os processos de seleção ou ao contribuir para a eliminação de enviesamentos nos anúncios de empregos”, referiu Álvaro Fernández, Diretor Geral da Michael Page. “Atrair o Talento do Futuro” abre novos caminhos à compreensão do novo mercado de trabalho que surge no contexto da Quarta Revolução Industrial, e que traz novos desafios e oportunidades para empresas e colaboradores. 

Neste novo contexto do, criar parcerias multi-stakeholder, melhorar a qualidade do trabalho tradicional e ocupações recém-emergentes, investir em educação e formação e aumentar as competências técnicas e comportamentais dos colaboradores são novas estratégias para acompanhar a transformação dos negócios e a força de trabalho para os próximos anos.

Sobre a Michael Page

A Michael Page é uma das mais conhecidas e respeitadas consultoras de recrutamento do mundo. Estabelecida há mais de 40 anos no Reino Unido, tem atualmente 140 escritórios em 35 países. É líder em recrutamento e seleção especializada de quadros médios e superiores, para projetos de carácter permanente e temporário, sendo constituída por consultores especializados, com formação e experiência profissional nas áreas para as quais recrutam.

Para mais informações sobre o grupo, por favor visite:

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Ana Ribas, Sustainable Society

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