A inteligência artificial (IA) veio para ficar. A grande questão é quais serão os efeitos desta nova revolução. Assim como a revolução industrial mudou o paradigma da produção, a IA vai mudar o paradigma das nossas vidas e trabalhos.  

Sabemos que a IA trará grandes avanços positivos em campos essenciais como a medicina. Mas cada vez são mais as vozes de alarme sobre os possíveis efeitos negativos na substituição do ser humano: desde o desaparecimento de trabalhos até ao fim do domínio humano do mundo, como refere o autor e professor Yuval Harari.  

Um estudo da McKinsey concluiu que a utilização de suportes como o ChatGPT permite realizar tarefas que nos ocupam cerca de 60% do tempo. Mas estima-se que o setor de IA gere quase 100 milhões de novos trabalhos até 2025.  

As empresas sempre se esforçaram para ir de encontro às tendências e impulsionar a produtividade. Assim, a substituição de alguns empregos pela IA será inevitável. Mas em vez de falar de uma diminuição de oportunidades, podemos falar da sua alteração e evolução para novos perfis. 

A IA tal como a conhecemos ajuda a automatizar processos, fornecer soluções personalizadas, identificar necessidades individuais e adaptar estratégias de negócio a través da interligação de dados a grande escala. Sendo que a IA do futuro vai ser infinitamente mais potente, o fundamental será garantir o equilíbrio entre o uso da tecnologia e a sensibilidade humana e que as decisões estratégicas continuem a ser tomadas com base na experiência, intuição e inteligência emocional das pessoas. Este equilíbrio fará com que a IA esteja ao serviço da humanidade e não o contrário. 

E não esqueçamos que a IA irá criar funções totalmente dependentes da tecnologia, pelo que o desenvolvimento de capacidades digitais e transferíveis, a adaptação e a aprendizagem serão essenciais. E esta preocupação não é apenas dos colaboradores. Deve ser partilhada pelas empresas, através de planos de carreira, formação e até de sucessão 

A IA pode ter um impacto significativo no emprego, melhorando processos e produtividade, ajudando no desenvolvimento e envolvimento dos trabalhadores que tenham a capacidade de se adaptar e requalificar. Mas  a sua  implementação deve ser feita de forma ética e responsável, garantindo a privacidade, a segurança dos dados e a proibição do seu uso para manipular ou controlar o comportamento humano, criando conteúdo e conversas, fazendo-nos crer que estamos a interagir com um humano, ou através de fake news em larga escala, de forma imediata e personalizada. 

Uma coisa é certa, a IA e o futuro do emprego estão intimamente interligados e quem se recusar a aceitá-lo estará a sabotar o seu sucesso. 

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