No que ao mercado de trabalho, em hotelaria diz respeito, os últimos anos têm representado uma alteração de paradigma. Se anteriormente eventos de grande dimensão representavam uma subida vertiginosa das taxas de ocupação, aos dias de hoje, essas mesmas taxas já estão em números bastante interessantes. Hoje, o grande desafio passou para o recrutamento de colaboradores para funções mais operacionais, acentuando-se quando o objetivo passa por obter profissionais mais experientes e qualificados.

É importante olharmos ao tipo de evento, bem como à tipologia de cliente que, por norma, lhe está associado. A título de exemplo, eventos como a Fórmula 1 estão direcionados para mercados mais premium, o que representa, consequentemente, um publico mais exigente, serviço mais personalizado, cuidado e rigoroso.

Eventos como festivais musicais ou as jornadas mundiais da juventude, apelam a uma tipologia diferente. Nestes casos, estaríamos a olhar para um mercado onde, associado a uma diferença nos valores das reservas, está igualmente um público menos exigente, serviço menos personalizado e mais orientado para as massas.

Estas diferenças estão, seguramente, vincadas na tipologia de hotel onde as estadias ocorrem. Na primeira tipologia temos um pico de atividade em hotéis de 5 estrelas, e, mesmo em alguns de 4 premium. Na segunda, esse acréscimo é percetível em espaços hoteleiros orientados para grandes volumes de clientes.

Diferentes segmentos hoteleiros espelham diferentes realidades, no que toca aos seus empregados. Sendo o segmento de luxo aquele que prima por um atendimento que faça justiça ao seu posicionamento, a exigência nos colaboradores a recrutar é maior, do que naqueles onde o serviço é menos personalizado.

Independentemente do segmento, a verdade é que todo o setor enfrenta uma dificuldade crescente no recrutamento. Aliás, todos estes eventos ou até algo mais simples, como um feriado, um dia antes ou depois do fim de semana, significam aumentos de atividade cujos responsáveis hoteleiros têm cada vez mais dificuldade em conseguir dar resposta.

Uma das soluções mais usuais acaba por ser o recurso a empresas de recrutamento que possam, de forma célere e eficaz, suprimir estas necessidades. Obviamente, trata-se de projetos temporários, mas que, ainda assim, estimulam o setor e a economia portuguesa. Aliás, desde a pandemia, a representatividade do turismo no PIB tem vindo a subir.

Além da hotelaria, setores como a restauração, retalho, bem como serviços associados ao turismo, onde se incluem agências de viagem, empresas de tours, transferes e toda a economia local beneficia destes estímulos, dos quais a nossa economia é cada vez mais dependente! Fica, no entanto, a questão, como conseguirão estes empresas suprimir as suas necessidades de recrutamento?

Autor: João Santos, Associate Manager 

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