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Existe um desafio interessante a desenvolver-se no recrutamento e retenção de talento. Quanto tempo demora para que uma empresa tenha um retorno de investimento (ROI) positivo de uma nova contratação? Esse período de tempo enquadra-se no período em que esta estará na empresa?

Quando uma empresa realiza uma nova contratação, será gasto um valor monetário e temporal no processo de recrutamento (interno ou externo). Após a contratação segue-se a introdução, formação e a incorporação do profissional. Deve também ser considerado o salário correspondente aos primeiros meses. Nesta fase, o retorno do investimento é zero. Quantas são as empresas que têm um retorno do seu investimento dentro dos primeiros 12 meses?

Os profissionais do novo colaborador podem complicar ainda mais este processo. A ideia de ter um emprego para o resto da vida está desatualizada. Se uma pessoa fica na empresa durante 5 a 10 anos, o retorno do investimento não será um problema, caso seja uma boa escolha e tiver um bom desempenho. Contudo, os millennials em particular não têm perspetivas de ficar durante este período de tempo numa empresa. Têm em mente um período de 2 a 3 anos no máximo e a média poderá ser apenas 18 meses. As empresas podem ter um ROI positivo em 18 meses?

O desafio para as chefias é como encontrar pessoas que permaneçam na organização durante 5 a 10 anos, ou até mais. Se este objetivo não for possível ou realista, como asseguram que uma nova contratação fica entre 2 a 3 anos e resulta num ROI positivo? A solução não é fácil. A mentalidade de um colaborador millennial, juntamente com oportunidades a nível global, mais mobilidade e maior partilha de informação, significa que existe uma maior consciência das oportunidades do que anteriormente e, consequentemente, maior probabilidade de um colaborador mudar de emprego.

Richard Branson resume a situação com a sua filosofia de que uma empresa necessita de “formar as pessoas bem o suficiente para que possam sair, mas tratá-las de forma a que não o queiram fazer” e existe também uma troca infame de ideias entre o CFO e o CEO que pode ser considerada relevante:

CFO: “O que acontece se investirmos no desenvolvimento dos nossos colaboradores e eles saírem da empresa?”

CEO: “O que acontece se não investirmos e eles continuarem?”

Como chefia, espera ter um ROI positivo das novas contratações rapidamente, mas se não pensar na evolução profissional dos seus melhores colaboradores, outra empresa irá fazê-lo.

Esta abordagem do problema é generalista; existem desafios e características diferentes em cada função. Um profissional de vendas poderá estar apenas na função durante 6 meses, mas ganhar uma grande parte do negócio durante esse período e tornar o ROI positivo. Alguém que esteja numa função semelhante há 5 anos, mas que não tenha um bom desempenho em retorno do tempo e dinheiro investido, significa que não contribui para um ROI positivo.

Se observarmos o sector de RH, uma contratação sénior pode passar entre 2 a 3 anos a tentar implementar novas medidas, mas encontrar obstáculos constantes e não conseguir alcançar o que pretende. O substituto irá iniciar o seu percurso na empresa e iniciar outra vez o processo, o que significa que o investimento é duplamente negativo.

No outro lado do espectro encontramos as maiores empresas digitais do mundo. Num nível executivo, nestas empresas bilionárias as pessoas entram e saem rapidamente, mas a propriedade intelectual de alguém é habitualmente uma diferença positiva e a empresa fatura num curto período de tempo.

No entanto, para a maioria das chefias, existe uma preocupação real pelo crescimento relativamente aos custos financeiros e o tempo gasto na incorporação de novas contratações. Por outro lado, o tempo que os profissionais permanecem numa nova função está a encurtar. O desafio de obter um ROI positivo das novas contratações está a tornar-se cada vez maior. Fale com um dos nossos consultores da Michael Page para que possamos ajudá-lo a contratar e a reter o melhor talento.

Summary

As chefias têm a possibilidade de equilibrar a necessidade de investimento e desenvolvimento de colaboradores com o desejo de ver o ROI no seu recrutamento antes que os colaboradores abandonem a empresa.

Siga as seguintes estratégias:

· Considere os desafios e características diferentes em cada profissão

· Compreenda que o ROI é diferente nos vários sectores. Por exemplo: as vendas geradas em retalho vs as contribuições intelectuais em digital

· Recorde-se da filosofia de Richard Branson, uma empresa necessita de “formar as pessoas bem o suficiente para que possam sair, mas tratá-las de forma a que não o queiram fazer”

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