Incorporação remota: a experiência dos colaboradores na Michael Page

Durante a fase de confinamento causada pela pandemia, muitas empresas tiveram que realizar mudanças significativas nas suas práticas, incluindo o método de entrevista, contratação e incorporação de novos colaboradores. Na Michael Page, a situação não foi diferente.

Algumas empresas e managers podem estar relutantes em optar por um recrutamento completamente virtual, por várias razões compreensivas. No entanto, na Michael Page sabemos que a incorporação remota funciona, pois utilizámo-la para os nossos clientes e colaboradores.

Em Portugal, Patrícia Santos, Consultora da Michael Page Retail, teve a possibilidade de experimentar um onboarding diferente do tradicional, feito agora de forma remota, e deixou-nos o seu testemunho no vídeo que partilhamos acima.

Pedimos ainda a opinião da mais recente consultora do PageGroup da Suíça, Sophie Dornbach, relativamente ao processo virtual em que esteve envolvida para integrar a sua nova equipa.

Saiba quais as vantagens e desafios que a Sophie sentiu durante esta fase, lendo o artigo.

Como foram os primeiros dias na empresa?

Iniciei o meu novo percurso profissional como consultora do PageGroup, de uma forma completamente remota, no dia 1 de Abril de 2020.

Nos primeiros dois dias trabalhei no meu computador pessoal, o que é um pouco desafiante. Isto mudou quando fui ao escritório, no terceiro dia, para ir buscar o meu portátil da empresa e alguns itens adicionais de que necessitava para desempenhar a minha função. O departamento de IT esteve muito disponível, por isso fiquei completamente online em pouco tempo.

A minha experiência anterior como recrutadora contribuiu para que me orientasse rapidamente na minha nova função no PageGroup, mas cada empresa, cultura e processo são únicos.

Tive uma formação virtual com o departamento de RH sobre a filosofia da empresa, datas de pagamentos, licenças por doença. Realizámos ainda role plays para praticar técnicas de entrevista. A minha equipa planeou vários cafés virtuais, o que me ajudou a compreender a minha posição na empresa.

Utilizamos como ferramenta digital o Microsoft Teams para formações, entrevistas, cafés virtuais, etc.

Considerando o tempo reduzido que o PageGroup teve para preparar incorporações virtuais, a empresa e os meus colegas fizeram um excelente trabalho.

O facto do PageGroup estar preparado para o mundo online, na prática e na realidade, é uma vantagem competitiva.

Como afetou o novo processo virtual a sua experiência de integração?

Não diria que a incorporação remota é mais fácil ou difícil do que a experiência tradicional presencial. É apenas diferente.

No final, a única coisa que muda é o ambiente de trabalho e, para os novos colaboradores, sentir a energia da nova empresa. Está relacionado com a preferência pessoal de cada um.

É uma pessoa que necessita de contacto pessoal com os seus colegas e de um escritório nitidamente separado da sua casa? Ou é bem-sucedido com as ferramentas de comunicação e prefere não sair de casa para trabalhar?

Algo que aponto como positivo neste período excecional é que não perdemos tempo em deslocações. Temos mais tempo para concentrarmo-nos no nosso trabalho e família, o que é uma sensação ótima.

Como é pertencer a uma equipa virtual?

Antes do meu começo, a minha maior questão foi se iria sentir o espírito de equipa e o sentimento de pertença na minha nova empresa, mesmo sabendo que teríamos apenas um contacto digital no início.

É verdade que apenas conheci metade da minha equipa pessoalmente; no entanto, sinto que os conheço. Estamos ligados diariamente e aprendemos a comunicar online, o que é muito útil.

Sinto me preparada para exercer a minha nova função? Sim!

Tenho uma sessão de Q&A de uma hora todos os dias, o que é muito vantajoso. Sinto-me suficientemente confiante para conduzir entrevistas e começar a gerir os meus clientes. Já comecei a realizar entrevistas com o apoio do meu manager.

Se tivesse de fazer alguma sugestão, seria que a empresa fornecesse aos novos colaboradores um plano de incorporação semanal. Isso iria facilitar a organização pessoal e libertar alguma pressão do seu desempenho. É algo especialmente importante durante o período experimental.

Uma avaliação no final do mês seria bastante útil para entender as expectativas da empresa e o trabalho que tem sido entregue. Mas, considerando o curto período de tempo que a empresa teve para realizar a minha incorporação virtual, acredito que os próximos colegas terão essa oportunidade.

A incorporação remota fará parte do trabalho do futuro?

Pessoalmente, sou da opinião que é uma ótima forma de demonstrar o quão eficientes podemos ser a trabalhar remotamente.

Consigo identificar um aumento da produtividade, sendo que não estou distraída pelo barulho do open space, ou pelas pausas para tomar um café ou fumar! Apesar de nos impedir de criar relações com a equipa, no meu caso é apenas uma situação temporária.

Uma das maiores vantagens atuais é poupar tempo e dinheiro em deslocações. Posso ver os meus filhos sempre que precisam de mim (ou que eu quero) e é muito enriquecedor. Finalmente, dá-nos a flexibilidade que muitos de nós pedíamos.

Por outro lado, acredito que a incorporação virtual possa ser mais difícil para uma pessoa que vive sozinha, visto que pode sentir alguma solidão

Outra potencial desvantagem que experienciei pessoalmente foi um aumento da quantidade de trabalho ao trabalhar remotamente. Quando não estão juntos diariamente, os seus colegas de equipa, não conseguem perceber se está ocupado. No meu caso, por exemplo, enviavam vários convites para participar em entrevistas, até que tive de pedir para pararem pois estava a ser demasiado para mim.

Acho que é crucial ser muito estruturado e organizado, avaliar prioridades e comunicar eficazmente. Necessita desta “mentalidade remota” ou não irá conseguir ser bem-sucedido a trabalhar a partir de casa.

Se pretende falar com um dos nossos consultores sobre o recrutamento remoto ou incorporação virtual, entre em contacto connosco.

Publicado a 17/07/2020