É impossível negar as mudanças no mercado de trabalho que a pandemia trouxe em 2020 e os efeitos desta crise de saúde global vão continuar a sentir-se em vários sectores ao longo dos próximos anos.

Com o aumento do desemprego, existe um aumento correspondente de novas oportunidades de trabalho. Uma questão relativamente a este aumento é quais os esforços dos candidatos ao aplicarem-se a oportunidades de trabalho em Portugal?

As consultoras de recrutamento são importantes para 15,5% dos candidatos que procuram emprego diariamente, destacando a importância da ajuda de um especialista para encontrarem uma nova oportunidade. Alguns dos benefícios de recorrer a uma consultora de recrutamento é o apoio que dão relativamente à seleção de candidatos, ao mercado de trabalho e às competências mais procuradas em cada setor.

Quando é que os candidatos consideram muito tarde para se candidatarem a uma oportunidade?

Outras informações importantes retiradas através do nosso estudo, encontraram uma relação entre a frequência das candidaturas e quando é considerado demasiado tarde para a função. No geral, 40,9% dos candidatos utilizam diariamente o LinkedIn, 29,4% várias vezes por semana e 12,1% uma vez por semana.

As respostas a este estudo abordam a relevância da data de publicação dos anúncios de emprego – 2,8% dos candidatos portugueses sentem que é demasiado tarde para se candidatarem a uma oportunidade se for divulgada há 2-3 dias, comparativamente a 17,7% que sentem que é demasiado tarde candidatar-se a oportunidades publicadas há 5-10 dias.

No entanto, 68,4% afirma que continuaria a candidatar-se à oportunidade mesmo que esteja ativa há mais de 10 dias. Aparentemente a qualidade da função irá influenciar o candidato a enviar o CV.

Relativamente ao período do dia para realizar candidaturas, a grande maioria dos os candidatos em Portugal (43,3%) enviam as candidaturas sem considerar a altura do dia. No entanto, 28,5% envia durante a manhã, 19,1% à tarde e 29,1% à noite. Apenas 10,3% dedicam o seu horários antes e de almoço para procurarem novas oportunidades.

Qual a abordagem dos candidatos: candidatam-se a todas as oportunidades ou apenas às que vão de encontro ao seu perfil?

Ao candidatarem-se a oportunidades, os profissionais portugueses procuram habitualmente posições que vão de encontro, de um modo geral, às suas competências e experiência (76,7%) e apenas 3,3% candidatam-se a todas as oportunidades.

Porque motivo isto acontece? De acordo com os resultados deste estudo, atualmente os candidatos conhecem as palavras-chave nos CVs e nas cartas de apresentação, com 5,5% a adaptarem o seu CV a cada oportunidade. 20,6% alteram o seu CV maioria das vezes e 32,1% alteram algumas vezes. O seu conhecimento das palavras-chave e dos applicant tracking systems (ATS) significa que os candidatos compreendem o porquê de adaptar um CV para uma oportunidade específica.

Mas quais são os motivos para esta adaptação? 43,8% afirmam que é com o objetivo de aumentar a possibilidade de resposta de um potencial empregador, 39,6% sabem que acrescenta valor à candidatura. 30,2% adaptam o seu CV porque a função é adequada ao seu perfil, o que significa que querem ter a oportunidade de serem entrevistados e sabem que um CV específico é a forma de consegui-lo.

56,3% dos candidatos adapta o seu CV para irem de encontro com a descrição da função, destacando potencialmente a capacidade de desempenho de uma ou mais funções na sua área de competências específica.

Enviar ou não uma carta de apresentação?

Os candidatos portugueses têm conhecimento da importância das cartas de apresentação no ato da candidatura, pelo menos 14% têm, pois incluem uma em cada CV enviado.

8,8% incluem uma carta de apresentação para uma posição específica e 36,1% incluem algumas vezes e em situações em concreto. No entanto, surpreendentemente 37,3% envia apenas caso seja mandatário. Assim surge a questão: porque motivo os candidatos incluem uma carta de apresentação?

41,6% explicam que é uma forma de demonstrarem a sua motivação, com 17,4% a explicarem que é uma demonstração de entendimento da oportunidade. Com 9,7% a indicarem que incluem a carta para acrescentar palavras-chave/frases da descrição da oportunidade e 39,4% para explicarem a sua experiência de uma forma mais completa. Perante estes dados, significa que as cartas de apresentação estão a tornar-se mais valorizadas?

As cartas de apresentação podem contribuir para que avance em determinadas fases do processo de candidatura, pois é uma forma do candidato expor detalhadamente o seu percurso e a ir de encontro a termos de pesquisa específicos dos potenciais empregadores.

Se pretende obter conselhos para escrever uma descrição de funções, relativamente a cartas de apresentação ou a alguma fase do processo de recrutamento, a Michael Page possui uma equipa de consultores de recrutamento especializados que o podem ajudar. Entre em contacto connosco aqui.

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