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Estudos de Remuneração 2025
Num cenário em que a atração e retenção de talento nas organizações se torna cada vez mais desafiante, a comunicação transparente sobre salários, flexibilidade, cultura organizacional e valores assume uma importância sem precedentes.
De acordo com o mais recente estudo Talent Trends, os profissionais de tecnologia revelam-se mais confiantes, exigentes e determinados em procurar carreiras que se alinhem de forma autêntica com os seus valores e objetivos a longo prazo.
Esta transformação marca uma nova realidade para as empresas. Anúncios de emprego atrativos deixaram de ser suficientes. Hoje, alcançar o sucesso na contratação exige uma compreensão profunda das motivações do talento de tecnologia e da forma como as suas expectativas estão a evoluir.
Neste artigo, analisam-se os principais fatores que influenciam as decisões de carreira em 2025, desde a crescente exigência de flexibilidade e sentido de propósito, até à relevância do bem-estar e das oportunidades de progressão profissional. Estes insights oferecem uma base sólida para criar ligações genuínas com os profissionais que estão a definir o futuro da tecnologia.
As perspetivas dos profissionais de tecnologia para 2025 evidenciam uma clara tendência de maior confiança e satisfação nas suas carreiras. Os nossos resultados apontam para uma melhoria significativa na perceção que este talento tem das suas funções e do panorama global do mercado de trabalho.
Este aumento de confiança não se traduz apenas numa perceção subjetiva, mas é sustentado por melhorias concretas na segurança e satisfação laboral.
De seguida, apresentamos as cinco principais tendências do talento de tecnologia que poderão influenciar as suas estratégias de atração e retenção de profissionais.
73% dos profissionais de tecnologia afirmam sentir-se mais seguros no emprego atual, face aos 68% registados em 2024. Este aumento da perceção de estabilidade contribui de forma inequívoca para uma melhoria global na felicidade no trabalho, refletida na subida da satisfação, que passou de 46% para 57% relativamente ao ano anterior.
Regista-se uma subida nos salários, com um aumento médio acima dos 5% em 2025. Neste capítulo as startups destacam-se como as que mais investem em remuneração, com uma média anual superior a 50 mil euros. Tecnologias como Python, Java, React, SQL e JavaScript mantêm-se entre as mais procuradas, mas há uma valorização crescente de nichos como Go e Ruby.
Vasco Teixeira, Senior Manager Michael Page Portugal
A satisfação salarial registou um ligeiro crescimento, com 65% dos profissionais de tecnologia satisfeitos com a sua remuneração em 2025, face a 62% em 2024. Contudo, 36% tentaram negociar um aumento salarial no último ano, embora apenas 21% tenham sido bem-sucedidos.
Principais conclusões: O aumento da satisfação, segurança e confiança salarial traduz-se em profissionais mais seguros, que elevam as suas expectativas. As organizações devem reconhecer que este talento é menos propenso a aceitar oportunidades que não estejam alinhadas com os seus objetivos ou valores.
Salários competitivos, perspetivas claras de progressão na carreira e condições laborais que promovam o equilíbrio e o desenvolvimento pessoal passam a ser requisitos essenciais para que as empresas se mantenham atrativas no mercado.
Apesar dos profissionais de tecnologia estarem mais satisfeitos e se sentirem mais seguros nas suas funções, as empresas não devem confundir isto com compromisso a longo prazo. Os resultados do nosso estudo apresentam um paradoxo claro: a procura de emprego ativa reduziu, no entanto, a rotatividade continua elevada.
Em 2025, 87% dos profissionais indicaram que estavam disponíveis a novas oportunidades. Isto significa que a lealdade é condicional: muitos estão satisfeitos, mas ainda estão motivados a mudar por uma oferta melhor.
A percentagem de profissionais que procuram ativamente um novo emprego diminuiu ligeiramente, de 51% em 2024 para 41% em 2025. Esta alteração não traduz um maior compromisso, mas sim uma postura mais cautelosa e estratégica. Muitos estão satisfeitos com a sua situação atual, mas permanecem atentos à oportunidade ideal. Surpreende, contudo, que 49% dos profissionais de tecnologia ainda esperarem mudar de emprego dentro dos próximos dois anos.
Principais conclusões: A fidelização deve ser encarada como um processo contínuo. Perto de 9 em cada 10 profissionais permanecem disponíveis para mudar, o que implica que as empresas têm de renovar constantemente o compromisso com as suas equipas. Isso passa por conferir sentido ao trabalho, garantir planos de progressão claros e reforçar uma cultura que incentive os colaboradores a permanecer.
A estabilidade presente não assegura a lealdade futura.
Quando questionados sobre as razões que os levam a considerar novas funções, os profissionais de tecnologia colocam o salário no topo da lista: 38% indicam insatisfação com a sua remuneração atual. No entanto, 32% referem procurar uma promoção ou um plano de progressão de carreira bem definido.
A mensagem é clara: a remuneração é determinante, mas a ambição e as perspetivas de crescimento têm um peso igualmente decisivo.
Os profissionais de tecnologia sentem-se mais valorizados, mas também estão a tornar-se mais seletivos sobre o que procuram nas empresas. Os benefícios mais procurados incluem flexibilidade laboral, semanas de trabalho reduzidas, seguros de saúde e oportunidades de formação contínua, tornando-se fatores decisivos na atração e retenção de talento.
Para além do salário e da progressão de carreira, 29% dos profissionais afirmam não se sentir motivados pelas suas funções e responsabilidades atuais. Más decisões de liderança levam 27% a ponderar sair da empresa, enquanto 23% indicam não se identificar com os valores e a cultura organizacional.
Principais conclusões: Um salário competitivo pode atrair talento, mas não é suficiente para o fidelizar. Crescimento, propósito e cultura deixaram de ser encarados como benefícios, passando para o plano das expectativas. Para reter talentos de tecnologia, as empresas devem assegurar um plano de progressão de carreira transparente, investir em formação e contar com uma liderança forte, movida por valores que promovam uma experiência de colaborador positiva e consistente.
Em 2025, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional deixou de ser um benefício desejável para se tornar uma expectativa clara nas carreiras de tecnologia. Para 88% dos profissionais, este é um dos cinco fatores mais importantes num emprego, refletindo uma mudança cultural profunda: o equilíbrio não é opcional, é um requisito.
Quando questionados sobre os elementos da cultura organizacional que mais influenciam a satisfação laboral, 51% dos profissionais de tecnologia apontam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional como o principal fator. Mais de metade afirmam que rejeitariam uma promoção se esta implicasse abdicar do seu bem-estar. A progressão de carreira tradicional perde, assim, prioridade quando está associada a um custo para a saúde mental.
Esta transformação traduz uma redefinição profunda da ambição profissional. Os profissionais estão a estabelecer limites mais claros entre o trabalho e a vida pessoal e as lideranças que não respeitarem estes limites arriscam-se a perder uma parte significativa do seu talento.
Principais conclusões: O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional deve estar enraizado no ADN da empresa. Não é um benefício associado ao bem-estar, mas sim uma prioridade estratégica. Para a atração e retenção do melhor talento de tecnologia, as lideranças devem cultivar uma cultura que respeite o tempo pessoal, valorize ativamente a saúde mental e privilegie a sustentabilidade a longo prazo em detrimento de ganhos imediatos.
Para a maioria dos profissionais de tecnologia, a discussão sobre o local de trabalho está encerrada: a flexibilidade deixou de ser um benefício para se tornar uma expectativa consolidada. Os modelos híbridos afirmaram-se como padrão, com 60% do talento de tecnologia a trabalhar atualmente neste regime.
As organizações que tentem inverter este avanço arriscam-se, não apenas a perder talento, mas também a comprometer a confiança das suas equipas.
O modelo de trabalho híbrido tornou-se dominante, no entanto ainda é comum encontrarmos profissionais que colaboram em full remote, especialmente para fora da nossa geografia. Cerca de 10% dos profissionais trabalham remotamente para empresas fora de Portugal, sobretudo dos EUA, Reino Unido e Alemanha, embora menos de metade esteja disponível para relocalização, com preferência por destinos europeus.
Quando questionados sobre o local onde trabalham melhor, 41% dos profissionais de tecnologia afirmaram ser mais produtivos em casa, comparando com apenas 23% que preferem o escritório. Além disso, 42% indicaram que procurariam um novo emprego se lhes fosse exigida uma presença mais frequente no escritório.
Esta preferência pelo trabalho flexível já não está ligada apenas à conveniência: está diretamente associada à produtividade, à satisfação profissional e à retenção de talento.
Principais conclusões: A flexibilidade deve constituir uma prioridade estratégica para a empresa. Em vez de centrar esforços na presença física no escritório, as organizações devem adotar políticas que reforcem a autonomia, a confiança e o desempenho. Apoiar o modelo de trabalho que melhor se adapta aos colaboradores é essencial para reter o talento de tecnologia mais qualificado.
Faça download do Talent Trends 2025 e conheça os fatores que estão a influenciar as decisões de carreira dos profissionais de tecnologia em 2025 e como a sua empresa pode promover a atração e retenção do melhor talento, respondendo às questões que realmente importam.
Apresentamos uma análise salarial de diversas funções nos diferentes setores de atividade.