• Um estudo da Michael Page destaca os aspetos chave necessários para alcançar uma correta transparência empresarial, assim como os limites para a desvirtuar
  • Só nos Estados Unidos, mais de 86% das pessoas procura empresas que sejam mais transparentes
  • A transparência a nível salarial, é atualmente, um dos principais fatores para eliminar a desigualdade

Lisboa, 07 de novembro de 2019 – A Michael Page analisou a importância da transparência empresarial no âmbito do estudo anual “8 Tendências para Executivos 2019”, destacando as causas que explicam o aumento na procura social de transparência por parte das empresas, as respostas do setor privado e o impacto sobre a inclusão no mercado de trabalho e nos processos de seleção.

Atualmente vivemos um momento em que a informação e a tecnologia desempenham um papel fundamental. Cada vez existem mais mecanismos que permitem aceder a dados pessoais o que exige medidas para proteger e preservar a privacidade da cidadania e segurança.

Neste contexto, a transparência torna-se indispensável, e a cidadania é procurada não só por instituições do setor público como também do privado. Assim, os colaboradores das empresasconsideram vital que as organizações sejam transparentes interna e externamente tanto em termos de funções como nos processos de contratação. Esta análise é confirmada também pelo estudo da Sprout Social, assinalando que mais de 86% dos americanos considera que a transparência é um aspeto chave nas empresas.

“A transparência é, definitivamente, uma parte da identidade das empresas, bem recebida pela sociedade e que nos ajuda a reduzir discrepâncias e alcançar ambientes socialmente desejáveis, com vantagens significativas na produtividade, confiança, cultura e ética empresariais”, afirma Joana Barros, senior executive manager da Michael Page.

E sublinha: “De forma a se obter melhor transparência que conduza a uma mudança positiva relativamente aos direitos humanos, a legislação deve focar indicadores claros que esclareçam as empresas e que se enquadrem nos Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos ”, destacando ainda que “este é um objetivo que não se alcança num curto espaço de tempo, mas é um caminho claro para as organizações”.

Transparência sim, mas até que ponto?

Embora a transparência seja atualmente uma prioridade para as empresas, também devem ser analisados os seus limites e até que ponto os ambientes empresariais podem ser completamente abertos.

No caso da seleção de pessoal, o estudo destaca alguns casos em que é recomendável limitar a informação. No caso da transparência a nível salarial, esta pode derivar em desmotivações da equipa, se, por exemplo, num processo se aumenta a oferta de salário a um candidato para que aceite um determinado cargo.

Por outro lado, a transparência pode provocar, para os colaboradores de uma empresa, a sensação de estar “num cenário”. A informação está ao alcance de todos e todos podem ter acesso, porque a qualquer momento podem desenvolver a necessidade de “atuar” para evitar situações embaraçosas ou dar uma opinião contrária. Trata-se, de acordo com um estudo da Harvard Business School, de uma situação que pode resultar numa situação de tensão e prejudicar o ambiente de trabalho.

A transparência salarial e a redução das desigualdades de género

Em Portugal, a transparência é referida como um aspeto importante, especificamente a nível salarial. De acordo com o estudo da Michael Page sobre a transparência, a implementação a nível salarial, pode atrair uma grande quantidade de candidatos, especialmente nos casos em que a transparência pode contribuir para reduzir a desigualdade de género.

Uma boa política sobre esta matéria é vantajosa não apenas para atrair talento, mas revelase muito positiva para atrair investidores e gerar a confiança junto dos colaboradores. O relatório Tomorrow’s Investment Role da consultora EY refere que 96% dos investidores exige às empresas informação de caracter financeiro para a tomada de decisões.

Para concluir, ao analisar a procura pela transparência por parte da sociedade, torna-se crucial a implementação de políticas de transparência nas empresas para a gestão da confiança e para contribuir para a inclusão do talento jovem, de forma comprometida, assim como a eliminação de barreiras, como os desequilíbrios salariais para criar um ambiente de trabalho mais confiante e seguro.

Sobre a Michael Page

A Michael Page é uma das mais conhecidas e respeitadas consultoras de recrutamento do mundo. Estabelecida há mais de 40 anos no Reino Unido, tem atualmente 140 escritórios em 35 países. É líder em recrutamento e seleção especializada de quadros médios e superiores, para projetos de carácter permanente e temporário, sendo constituída por consultores especializados, com formação e experiência profissional nas áreas para as quais recrutam.

Para mais informações sobre o grupo, por favor visite: https://www.michaelpage.pt