O Mercado de trabalho na Europa e em Portugal mudou rapidamente devido ao impacto da COVID-19 na economia quando foi iniciado o confinamento como tentativa de controlar o vírus.

O estudo da Michael Page dar-lhe-á uma visão do mercado de trabalho Europeu e Português, com dados recolhidos entre 20 de Março de 2020 e 20 de Maio de 2020, com um total de 5.075 respostas de 13 países *.

Condições desafiantes do mercado

35% dos inquiridos referiu estar à procura de emprego há 1-3 meses e 10% está à procura desde 3 a 6 meses.

“Na Michael Page, alterámos também todas as reuniões presenciais com candidatos e cliente para videoconferências. Durante este momento tão difícil, muitas empresas e candidatos continuam os seus processos de seleção e, por este motivo, continuamos a trabalhar arduamente de forma virtual, garantindo a qualidade dos nossos serviços, com espírito de apoio e solidariedade com todas as empresas e candidatos”, afirma Álvaro Fernández, Diretor Geral da Michael Page Portugal.

Profissionais pretendem mais reconhecimento e melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional

O reconhecimento por parte de chefias e colegas encontra-se no topo da lista de prioridades ao procurar um novo projeto, sendo um aspeto considerado da máxima importância por 98,7% é imediatamente seguido da boa relação com colegas e superiores, que atinge uma relevância de 98%.

Segue-se um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e ter um bom plano de formação, sendo consideradas como muito importante para 97,3% dos candidatos. 

Curiosamente, auferir um bom salário encontra-se em quinto lugar, apresentando uma taxa ligeiramente mais baixa, de 91%. 

Sobre o que devem as empresas falar com o talento?

O confinamento levou a um aumento exponencial do trabalho remoto e este ganha, obviamente, novo relevo no interesse dos profissionais. 57,5% dos inquiridos afirma desejar ter a hipótese de trabalhar remotamente, pelo menos vários dias por mês.

De acordo com o nosso estudo, as empresas devem investir no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional [apontado como muito importante por 97,3% dos inquiridos], acesso à formação [97,3%], maior reconhecimento [98,7% dos inquiridos], boas relações [98%] e na responsabilidade social [95,8%] como áreas importantes a focarem-se ao procurarem novos talentos.

Devem focar-se ainda no salário [91%] e igualdade de género [72,5%] apesar de já não serem os principais fatores para atrair talento, como foram outrora. Também não é surpresa que o interesse pela mobilidade internacional tenha caído para 52%. Com o desenvolvimento da situação excecional atual, são outras as motivações para as pessoas mudarem ao procurarem por novas oportunidades.

“Mais do que um trabalho com um salário ao final do mês, o novo talento procura projectos com verdadeiro significado, que representem autênticas experiências de vida e que marquem de facto a diferença na sociedade ou no mundo corporativo. A noção de “emprego para a vida” está cada vez mais ultrapassada e o sentimento de pertença às empresas pode tornar-se mais frágil. Os profissionais da atualidade procuram projetos com resultados concretos e rápidos, exigindo feedback constante e imediato do seu trabalho", comenta Álvaro Fernández

Como a COVID afectou os sectores

O confinamento afetou particularmente os profissionais do setores de Engenharia com mais de [12,5%] dos inquiridos, e do Turismo. Outro sector afetado é a área de Vendas, com 10,8% dos inquiridos. Também as áreas de RH (7,2%) e Secretariado (7%) apresentam valores elevados de inquiridos.

“Em contraste, houve áreas que se viram impulsionadas pela adaptação à nova realidade, como IT, com todo o apoio necessário para a passagem para o trabalho remoto; Ecommerce e Logística, com o crescimento exponencial das compras online”, avança Álvaro Fernández.

O trabalho flexível

Mais de metade dos candidatos [58,1%] consideraria aceitar uma proposta de contrato de trabalho flexível (contratos em regime Interim, temporários e de Outsourcing) no seu próximo projeto.

O que mais atrai os inquiridos para o trabalho flexível é a capacidade de enriquecer as suas competências e experiência [63,9%], a oportunidade de trabalhar para diferentes empresas em novas funções [42,4%], e a oportunidade de passar de uma posição temporária para permanente [40,8%].

O nosso estudo também averiguou quais os motivos para que algumas pessoas estejam apreensivas em relação a projetos temporários, sendo que a larga maioria aponta a falta de estabilidade financeira [75,4%] e o facto de considerarem que este tipo de projetos não desenvolve as suas competências [40,6%]. Também a potencial ausência de compromisso para com a empresa devido à natureza temporária destas funções [39,9%] e a perceção de que estes contratos oferecem menos benefícios sociais [15,9%] são argumentos apontados para a falta de interesse neste tipo de perfis.

 

*Países que participaram no estudo: Alemanha, Austria, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal, Suécia, Suiça e Turquia.

 

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Publicado a 17/06/2020

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