No início da crise global atual, as chefias seguiram as recomendações do governo e pediram aos seus colaboradores para trabalharem a partir de casa ou fecharam as empresas até informação contrária.

Este movimento de colaboradores fora dos escritórios, armazéns, lojas e outros locais de trabalho não tem precedentes nos tempos modernos.

A Michael Page questionou os seus candidatos entre o dia 1 de Março e 11 de Julho, para perceber o apoio que tiveram das suas empresas, as suas perspetivas em relação ao regresso ao local de trabalho, o que fizeram durante este período de tempo e outros aspetos do confinamento.

Os candidatos sentiram-se apoiados pelas suas empresas durante a crise?

A comunicação foi um tema de destaque e mais de metade dos questionados (67,1%) apresentou-se como neutro ou satisfeito com a forma como os líderes comunicaram a mudança. Estes são resultados positivos, considerando quão súbita foi a mudança.

De uma forma geral, as empresas foram bem sucedidas na gestão de equipas e na definição de diretrizes claras para a adaptação a novas práticas.

A maioria dos questionados (73,4%) apresenta-se neutro ou satisfeito com o seu line manager e os resultados são semelhantes (72,2%) relativamente à adaptação a novas práticas, um resultado positivo para um assunto complexo. A maioria dos inquiridos, 56,9%, mostrou-se ainda satisfeita com o apoio prestado pela empresa no acesso ao trabalho a partir de casa.

E o futuro? Neste tema os nossos candidatos apresentaram posições opostas, destacando a complexidade da situação atual. 36,7% mostrou-se preocupado, 26,6% neutro, 26,6% seguro e 10,1% muito seguro.

Mais de metade dos nossos candidatos sentiram-se apoiados e acompanhados pelas suas chefias no decorrer do confinamento (61,2%).

Como se sentem os candidatos relativamente ao regresso ao local de trabalho?

Questionámos os candidatos sobre como se sentiam relativamente ao regresso ao escritório e, de uma forma geral, os profissionais encontram-se motivados.

A maioria das pessoas (51,9%) revelou desejar voltar ao seu local de trabalho, sendo que 20,3% indicaram ter um sentimento neutro. Muitos inquiridos apresentaram-se tranquilos em retomar o trajeto para o trabalho. 75% indicou estar ligeiramente entusiasmado ou ter sentimentos neutros relativamente à necessidade de recorrer aos transportes públicos para se deslocar ao local de trabalho.

Quase metade dos profissionais (49,4%) está entusiasmado com a vertente social do trabalho no escritório e 67% deseja voltar a almoçar com os colegas. Esta realidade destaca a importância das relações laborais e que para algumas pessoas o trabalho a partir de casa pode ser demasiado solitário.

De que forma os candidatos passaram o seu tempo durante o confinamento?

Durante a fase inicial da crise associada à COVID-19 muitos colaboradores ficaram de licença ou continuaram a trabalhar mas com um horário reduzido ou flexível, o que significa que as pessoas, de um modo geral, tiveram mais tempo livre do que numa situação normal de trabalho. 40,2% dos profissionais aproveitou este período para realizar formações para melhorar as competências que já possuía; 37,1% realizou cursos para desenvolver novas competências e 36,8% participou em webinars.

A maioria dos candidatos, 73.5%, refletiu sobre os seus planos de carreira, 64,5% atualizou o seu CV e 55,1% tentou encontrar um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Estes números refletem que o mercado de trabalho atual conta com profissionais qualificados, com novas competências ou skills renovados, preparados para enfrentar os desafios da situação atual.

Que tipo de candidatos está a realizar candidaturas atualmente na Michael Page?

29,3% dos inquiridos tem um contrato permanente e 11,2% um contrato de duração limitada. Uma larga fatia dos inquiridos, 46,9%, encontra-se no desemprego. 77,6% dos candidatos prevê que a crise da COVID-19 irá ter um grande impacto nas suas escolhas e expectativas profissionais nos próximos dois anos.

Dos nossos candidatos com um contrato permanente ou temporário durante a crise, apenas 15,1% dos inquiridos com um contrato ou permanente não se encontravam a trabalhar durante o confinamento. A maioria encontrava-se a trabalhar remotamente (56,8%) e uma percentagem mais reduzida esteve autorizada a estar presente no seu local de trabalho (28,1%).

É interessante verificar que, atualmente, a maioria (56,6%) dos candidatos aceitaria condições de trabalho diferentes às da realidade pré-COVID, sendo que o foco nas prioridades pessoais é importante para 64,7% dos questionados, fator que pode estar relacionado com questões de ansiedade derivadas da situação que vivemos.

Se possui alguma questão relativa ao nosso trabalho ou pretende falar com um dos nossos consultores sobre as perspetivas que a Michael Page pode dar do mercado português, contacte-nos.

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