Em março de 2020, adivinhava-se uma forte crise e a perda de muitos postos de trabalho. Contudo, à exceção de alguns setores que foram extremamente afetados pela pandemia, a maioria das empresas e profissionais adaptou-se, mantendo a produtividade. Os dados económicos portugueses são impressionantes. Em junho o desemprego tinha baixado para os níveis pré-pandemia, 6,9%. Espera-se um crescimento de 4,8% do PIB em 2021 e de 5,6% em 2022.

Neste contexto, os especialistas anteveem um verdadeiro tsunami de saídas! O início da pandemia trouxe uma grande incerteza e o talento deu prioridade à segurança e estabilidade do emprego, deixando para segundo plano questões como salário, progressão e paixão. Meses depois, tudo voltou a mudar.

Os profissionais estão cansados, desmotivados e o seu sentimento de pertença à empresa está muito ténue, devido ao distanciamento físico. Temas como a saúde mental estão mais quentes que nunca. Num questionário que realizámos, 58% dos inquiridos consideraram que há uma responsabilidade partilhada entre empresa e colaborador, no que concerne à proteção da saúde mental.

Por outro lado, o receio de uma crise obrigou os profissionais a uma análise das alternativas e a generalização do remoto facilitou o trabalho para outras localizações e até o aparecimento de novas profissões. Num estudo que realizámos a nível europeu, quase 60% dos inquiridos indicou verificar um aumento das oportunidades graças ao teletrabalho.  Mais de metade dos inquiridos de uma pesquisa do Achievers Workforce Institute  espera encontrar um novo projeto este ano.

O turnover é extremamente custoso para as empresas a vários níveis – humano, económico, cultural… Os líderes têm de ter inteligência emocional para evitar uma vaga de resignações. Aqueles que durante a pandemia se mostraram transparentes, acessíveis e proativos, iniciando o diálogo, escutando e atuando sobre o que não estava a resultar, foram sem dúvida os mais bem sucedidos na defesa de uma cultura empresarial inabalável. A minha sugestão é investir tempo em entrevistas com as pessoas-chave para identificar como estão, quais são os fatores de retenção, e qual é o cenário que as faria considerar uma saída. A retenção e motivação será a principal batalha e a “não ação” será a pior estratégia a adotar.

 

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